sábado, 26 de outubro de 2013

A propósito da sociedade...incluindo a educação

Um governo nas suas diversas intervenções, incluindo a ... educação!

Qualquer Governo, para além de assentar as suas acções em princípios éticos e de competência, deve ter a capacidade da pluralidade, da crítica e da contemporaneidade. 
Pluralidade, porque deve considerar os saberes e as propostas oriundas de outros quadrantes, visando o bem comum; crítica, porque deve reflectir nas suas acções e sobre as mesmas, admitindo a crítica como uma oportunidade de reformulação de estratégias; contemporaneidade, porque não deve rejeitar o que de relevante vem do passado e se ajusta aos novos tempos, fruto de uma visão determinada e objectiva, independente, face ao exterior, implementando acções concertadas e exequíveis, cujo principal desígnio seja a qualidade de vida da população.
A negação destas dimensões conduz ao insucesso e à instabilidade multi-dimensional.
Mais importante que reconstruir é destruir e voltar a construir, com novos "materiais" e novas "ferramentas".

F V

quarta-feira, 31 de julho de 2013

A SUPERVISÃO PEDAGÓGICA(1)
  Etimologicamente, o vocábulo supervisão tem a sua origem no Latim e a sua composição advém de super (sobre, acima) e videre (observar, ver), portanto alguém que num plano hierárquico superior assume o papel de observar, i.é.,supervisionar.
A complexa sociedade actual, caracterizada por elevados níveis de competitividade, insegurança e instabilidade a par do multiculturalismo e da evolução tecnológica e científica, tem uma forte influência sobre a escola. Assim, cabe à escola, como lócus de aprendizagem, preparar os seus alunos para uma plena integração nessa sociedade e para os desafios que lhes vão ser impostos. Esta realidade contextual vai exigir dos professores e educadores, como agentes de mudança, uma preparação pessoal e profissional conciliadora com os novos desafios. Preparar os alunos é prepararem-se a si próprios de modo a explorar todas as suas potencialidades e transformá-las em competências.
Neste âmbito, ALARCÃO & TAVARES (2003) referem que, "o supervisor é, então, o orientador pedagógico, o educador a quem compete ajudar o professor a desenvolver-se e a aprender como adulto e profissional que é, e a sua ação perspetiva-se em dois níveis distintos, embora relacionados entre si: exerce sobre o desenvolvimento e a aprendizagem do professor uma influência indireta sobre o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos que ele ensina".
Nesta linha de raciocínio, focalizada na supervisão horizontal (entre os professores) e vertical (entre o professor e o aluno), podemos aludir ao Decreto Regulamentar nº 2/2008 de 10 de janeiro, referindo que, "o modelo de avaliação de desempenho docente visa a melhoria dos resultados escolares dos alunos e da qualidade das aprendizagens, visa proporcionar orientações para o desenvolvimento pessoal e profissional no quadro de um sistema de reconhecimento de mérito e da excelência, pretende identificar o potencial de evolução e desenvolvimento profissional do docente e diagnosticar as respetivas necessidades de formação".
Abre-se assim, uma nova perspetiva de professor, deixando de circunscrever o seu trabalho apenas à sala de aula, assumindo uma atitude colaborativa para com os outros professores, num contexto social complexo, para contribuir para a formação e educação de indivíduos em desenvolvimento. Paralelamente, cria-se um novo panorama de formação cuja centralidade se encontra na escola o que faz emergir uma nova configuração de professor que age organizacionalmente, recorrendo a suportes no contexto para resolver problemas no seu ambiente profissional (...)
Francisco Valentim